O príncipe - Nicolau Maquiavel - Charles Minoru

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domingo, 29 de março de 2015

O príncipe - Nicolau Maquiavel

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Ate o ponto que acompanhei da historia de Assasin's referencias a acontecimentos da realidade histórica são sutilmente introduzidas de uma forma que você quase acredita que toda a historia é real que você esta lendo um livro histórico e não um ficção, por exemplo temos Leonardo Da Vincci que ajuda muito Ezio em sua jornada


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Um personagem que me intrigou quando apareceu no final do primeiro livro e se mostrou muito importante no segundo foi Nicolau Maquiavel escritor conhecido em nosso mundo "real" pelo livro O Príncipe, que pelo enredo de AC dá a entender que é baseado nos acontecimentos da vida de Ezio, e isso me despertou mais curiosidade sobre esse livro de Maquiavel e com isso lá vai mais um livro para a lista de compra e leitura.
Pesquisei na internet sobre o livro e achei essa maravilhosa resenha no blog:
https://maniacaporlivros.wordpress.com
Ela está bem seria pois foi um trabalho para faculdade mas tem bastante conteúdo e informação sobre a a obra

O Príncipe nada mais é do que um guia de como chegar ao poder e se manter nele. A obra não busca um ideal – “como deveria ser” –, mas trata do real – “como realmente é” –, e não só dita os caminhos como também os exemplifica. É repleta de exemplos atuais – para a época – de como se deve e não deve agir, se tornando essencialmente comparativo.

O livro foi escrito por Maquiavel durante seu exílio e por isso antes que tenha inicio a obra propriamente dita, há uma dedicatória a Lorenzo II de Médici, com a qual busca ser reempregado na administração publica, como pode ser observado no ultimo parágrafo.

“Se Vossa Magnificência, do alto de sua magnitude, vez por outra voltar os olhos para cá embaixo, saberá o quanto me degrada suportar o meu fado (fortuna), infinda e perenemente funesto.”

O Príncipe trata-se de certa forma de uma obra atemporal, mas que certas praticas devem ser sempre analisadas com o contexto no qual foram escritas. Quando não é feita essa analise, seus ensinamentos acabam sendo mal interpretados, o que é comum na obra de Maquiavel. Principalmente pelo fato de que com o passar dos anos ela acabou se tornando leitura de cabeceira para alguns governos e governantes que não souberam contextualizá-la a época e a seguiram de forma arbitraria, lhe conferindo uma “reputação” ruim.

Escrito em Florença, na época do Renascimento, o livro carrega o sentimento do autor de ver a Itália poderosa e unificada. Uma vez que nela reinava a confusão, onde se assolava a instabilidade política com crises constantes. Não havia Estado central e tampouco legitimidade no poder, o que gerava inúmeras disputas internas que eram ainda mais agravadas pela constante invasão dos países vizinhos – entre eles França e Espanha –, um contexto que não permitia a permanência de nenhum governante no poder por tempo superior a dois meses.

O poder era cada vez mais “multipolarizado” e Nicolau, devido a sua vasta experiência política sabia que a estabilidade só poderia ser conquistada por ações rápidas e precisas, que só um governante forte poderia executar. E um governante forte nessa época deveria ter pulso firme, ser determinado e não medir esforços, era preciso ser capaz de agir.

E a partir de necessidade do monarca ser capaz de agir sem medir esforços, com o passar do tempo, surgiu de forma errônea a frase de que “os fins justificam os meios”, o que Maquiavel nunca chegou a realmente pregar. Em parte, na época para a qual a obra foi escrita, sim o fim – unificação italiana – “justificava” o meio, mas apenas no sentido de fazer o necessário e nada mais. Uma vez que o manter no poder que Maquiavel prega e ensina, não busca o absolutismo, mas sim a unificação e estabilidade.

Outro fato deve ser ressaltado: tal frase que nem mesmo chegou a existir, se existisse, seria exclusivamente para o âmbito político em momentos decisivos e de crise, no qual se abre mão de um bem por outro ainda maior. Pode-se perceber que Maquiavel não prega o “mal desmedido”, diz ser preciso que o príncipe “possua uma natural disposição para transmudar-se segundo o exijam os cambiantes ventos da fortuna e das circunstancias, […] havendo a possibilidade, ele não aparte do bem, mas que, havendo a necessidade, saiba valer-se do mal.”.

Levando tudo isso em consideração é certo dizer que O Príncipe ensina a agir segundo as circunstancias e necessidades, fazendo com que caia por terra também o pejorativo adjetivo maquiavélico. Muitas vezes usado para definir alguém sem escrúpulos e imoral, que age contra a ética em qualquer situação visando unicamente o beneficio próprio.

Muitas vezes a obra pode parecer paradoxal, uma vez que se praticam ações “boas” e “más”, outras vezes também pode ser classificada de imoral, mas é possível se chegar à conclusão que não diz respeito nem a uma coisa nem a outra. Nicolau prega apenas que a política tem uma moral própria, a qual não se classifica nem como moral, nem como imoral. Isso se deve ao “agir de acordo com as circunstancias”.

E ao analisar cuidadosamente seus ensinamentos é possível perceber que ele prega o equilíbrio. “A um príncipe é necessário saber valer-se dos seus atributos de animal e de homem”. Esse pensamento ressalta o porquê de Maquiavel ser considerado o fundador da Ciência Política Moderna, vez que a descreve como realmente é, admitindo não só que não é possível possuir todas as virtudes, como que quem as tem não consegue se manter no poder.

“A um príncipe, portanto, não é necessário que de fato possua todas as sobreditas qualidades; é necessário, porem, e muito, que ele pareça possuí-las. Antes, ouso dizer que, possuindo-as e praticado-as sempre, elas redundam em prejuízo para si […]”.

O que não significa que não dê valor às qualidades.

“Contudo, assassinar os seus concidadãos, trair os seus amigos, renegar a fé, a piedade, a religião não são ações que possamos chamar de ‘virtuosas’. Por esses meios pode-se conquistar o poder, mas não a glória.”.

Nicolau tanto dá valor as qualidades como também as “deseja”, dando preferência aos “bons” meios sempre que possível e aos “maus” sempre que necessário.

“ […] aprendemos que, ao tomar um país, deve aquele que o ocupa levar a efeito todas as violências necessárias e praticá-las de uma só vez para não ter que renová-las a cada dia: assim, isentando-se de reproduzi-las, poderá inspirar confiança aos homens e, fazendo-lhes o bem, conquistar sua simpatia.”

Maquiavel ressalta ainda que é importante ter o povo ao seu lado.

“Concluirei dizendo apenas que a um príncipe é necessário ter o povo a seu lado e que de outro modo ele sucumbirá às adversidades.”

E para finalizar, O Príncipe foi desenvolvido mediante ponderações e análises feitas por Maquiavel a partir de eventos políticos tanto anteriores a sua época, quanto de eventos comuns ao seu cotidiano, e a partir deles chegou à conclusão de que um bom governante deveria ter virtude e fortuna. Ou seja, deveria ter habilidade (virtude) e circunstâncias favoráveis (fortuna). Outra conclusão a que chegou foi que “dos homens, em realidade, pode-se dizer genericamente que eles são ingratos, volúveis, fementidos e dissimulados, fugidios quando há perigo, e cobiçosos.”.

Maquiavel ensina como tomar o poder e implora que alguém o faça, que alguém unifique a Itália. Tanto ele não prega que disseminem o mal, que tudo o que ensina é para salvar sua pátria, ele e o povo. Procura um príncipe virtuoso que faça o bem para si, para o povo e para a pátria.

“[…] que um homem prudente e virtuoso introduzisse um estilo que o dignificasse e que beneficiasse à coletividade dos homens desse país […]”
Laury



Charles Minoru ^^

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